//Bónus a CEO da TAP pode ser ilegal

Bónus a CEO da TAP pode ser ilegal

O bónus à presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, pode, afinal, chegar aos três milhões de euros, mas pode também ser ilegal, avançou esta quinta-feira o Jornal Económico.

O contrato celebrado entre a gestora e a companhia aérea, a que a publicação teve acesso, contempla um bónus que pode ascender a três milhões de euros, superior aos dois milhões que têm sido noticiados.

No entanto, pode ser ilegal, uma vez que não foi aprovado em assembleia geral da TAP SGPS.

Ainda de acordo com a edição de sexta-feira do Jornal Económico, há nomes apontados à sucessão de Christine Ourmières-Widener, que está aos comandos da TAP desde junho de 2021.

Esta semana, o PS aceitou viabilizar uma comissão parlamentar de inquérito sobre TAP proposta pelo Bloco de Esquerda (BE), que será presidida pelo deputado socialista Jorge Seguro Sanches.

O BE entregou no dia 6 de janeiro no parlamento o texto que propõe que a comissão de inquérito “à tutela política da gestão da TAP” incida em particular entre 2020 e 2022, averiguando a entrada e saída da antiga governante Alexandra Reis e as responsabilidades da tutela nas decisões tomadas.

Esta proposta de inquérito parlamentar surgiu após o caso da indemnização de 500 mil euros que a TAP pagou à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis para sair da companhia aérea, quando era administradora, e que levou à sua saída do Governo, bem como do ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos.

Com a proposta que tem aprovação garantida, os bloquistas pretendem que seja averiguado pelo parlamento o “processo de cooptação, nomeação ou contratação de Alexandra Reis para a administração” da companhia aérea, bem como “dos restantes administradores e os termos da aplicação do respetivo enquadramento jurídico”.

O BE quer ver ainda esclarecido “o processo e a natureza da nomeação de Alexandra Reis para o Conselho de Administração da NAV e a eventual conexão com o processo de saída do Conselho de Administração da TAP”.

Do objeto do inquérito parlamentar defendido pelo BE faz ainda parte o processo de desvinculação de membros dos órgãos sociais da TAP e “a prática quanto a pagamentos indemnizatórios”, bem como “as remunerações pagas aos membros dos órgãos sociais”, nas suas várias componentes.

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