O Banco BPI registou uma quebra de 40% nos pedidos de crédito à habitação no primeiro trimestre deste ano, devido aos efeitos da epidemia de coronavírus.
O presidente executivo do banco, Pablo Forero, explicou que devido à epidemia “naturalmente, toda a atividade caiu”, já que os avaliadores e os compradores estavam condicionados nas visitas aos imóveis.
Sobre o futuro, o banqueiro afirmou: “não temos perspetiva”. Disse que, “se as pessoas recuperarem a normalidade, o mercado da habitação, normalmente, recupera a normalidade muito cedo”, no espaço de “um mês ou dois meses”.
“Outra coisa é o que vai acontecer com a procura de crédito à habitação”, que vai depender de dois factores: “o desemprego” e a “expetativa dos preços das casas”, frisou o CEO do BPI.
Segundo Forero, o aumento do desemprego irá gerar menor procura e se a expetativa for de uma quebra nos preços dos imóveis, os consumidores vão aguardar e não vão querer comprar já.
O BPI anunciou esta segunda-feira uma quebra homóloga do lucro líquido de 87% no primeiro trimestre deste ano devido a imparidades relacionadas com os efeitos da crise provocada pela epidemia de coronavírus.
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