O capital estrangeiro volta a entrar nas empresas de energia nacionais. Desta vez o alvo é a Galp Gás Natural Distribuição, SA que se fundiu com a alemã Allianz e as japonesas Marubeni e Toho Gás.
O negócio recebeu luz verde de Bruxelas, que não vê risco na aquisição de 75,01% da empresa portuguesa, que era detida em 77,5% pela Galp Gas & Power, SGPS e os restantes 22,50% pelas duas japonesas.
A venda tinha sido acordada em outubro, por 368 milhões de euros. Faltava o aval da Comissão Europeia, que anunciou esta terça-feira que “a aquisição proposta não suscita preocupações em matéria de concorrência, pois não resulta em sobreposições entre as atividades das empresas”.
O executivo comissário explica que o Allianz Capital Partners “é ativo em investimentos de capital privado, infraestrutura e energia renovável. Marubeni atua no comércio global em vários setores, incluindo energia e projetos relacionados com energia. A Toho Gás fornece gás natural e serviços relacionados no Japão”.
Trata-se do “primeiro investimento direto em infraestruturas” portuguesas da gestora de fundos da seguradora alemã Allianz. Mas a Allianz Capital Partners já tem activos nas energias renováveis em Portugal, é dona de duas centrais solares – a Ourika, com 46 megawatts (MW) de potência instalada, no concelho de Ourique, e a Solara, com 220 MW, no concelho de Alcoutim.
A Galp Gás Natural Distribuição, S.A., o novo investimento da alemã, possui nove empresas regionais de distribuição de gás em Portugal, são mais de 10.000 quilómetros de redes de distribuição, em 85 concelhos. A rede da GGND abastece cerca de 1,1 milhões de lares em Portugal e pode ser utilizada para distribuir hidrogénio, gás natural sintético ou biometano.
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