//Bruxelas propõe empréstimos e verbas de fundações para salvar media europeus da crise

Bruxelas propõe empréstimos e verbas de fundações para salvar media europeus da crise

A Comissão Europeia apresenta hoje medidas para apoiar a recuperação dos media europeus, após perdas de receitas de até 80% com a crise gerada pela covid-19, sugerindo empréstimos europeus e verbas de fundações para resolver problemas de liquidez.

“O ecossistema cultural e criativo, do qual os meios de comunicação social e as indústrias audiovisuais são parte integrante, foi profundamente afetado pela pandemia: a imprensa escrita viu as suas receitas publicitárias caírem entre 30% e 80% e o setor da televisão em 20%, durante os confinamentos generalizados no segundo trimestre de 2020”, estima a Comissão Europeia na comunicação a que a Lusa teve acesso.

É devido a este panorama, mas também por ter ficado assente que “os meios noticiosos da Europa têm sido fundamentais para manter os cidadãos informados” durante a pandemia, que o executivo comunitário lança hoje um “Plano de ação para apoiar a recuperação e a transformação” dos media.

“As pequenas e médias empresas europeias dos meios de comunicação social enfrentam graves problemas de liquidez, enquanto o desemprego aumentou, e muitos profissionais dos meios de comunicação social e jornalistas – particularmente aqueles que estão sujeitos a condições precárias de emprego ou são “freelancers” – ficaram sem rendimentos”, retrata a instituição no documento.

Como forma de resolver a situação, Bruxelas apresenta, ao abrigo deste plano de ação, ações para financiar o setor da comunicação social, que preveem empréstimos comunitários e novos investidores, que deverão ser adotadas no primeiro semestre de 2022.

“Para os meios de comunicação social à procura de liquidez, o acesso a empréstimos será facilitado graças ao apoio da garantia InvestEU, aproveitando a experiência com o Mecanismo de Garantia para os setores Culturais e Criativos e o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos”, propõe a instituição no plano de ação, numa alusão ao já existente para o setor cultural e criativo.