Ana Jorge sai com salário de 10 mil euros
A provedora da Santa Casa e restante equipa foram aumentados este ano em 3%, em linha com o que determinou a aplicação da lei, ou seja, o Estatuto do Gestor Público.
Não há aqui nenhuma irregularidade. Pode-se discutir se, eventualmente, a mesa, como é conhecida a administração na Santa Casa, poderia ter recusado o aumento tendo em conta os prejuízos acumulados, mas estaria a criar-se um precedente para muitas outras empresas do género.
Neste caso, segundo informação a que a Renascença teve acesso, a provedora está a receber cerca de 135 mil euros por ano. Ou seja, em linha com um Diretor-geral da indústria e serviços ou um Diretor industrial, duas das profissões mais bem remuneradas no país.
A mesa, no seu conjunto, que também foi exonerada, está a receber 716 mil euros este ano, um aumento de 21 mil euros face ao ano anterior.
A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, afirmou na RTP que a maioria dos trabalhadores na Santa Casa ganha o salário mínimo, enquanto os vencimentos dos dirigentes são muito mais altos. “Beneficiaram-se a si próprios”.
São declarações que têm sido contestadas por Ana Jorge, que é ouvida esta quarta-feira no parlamento.
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