Três milhões de pessoas, entre as quais 156 em Portugal, terão sido lesadas numa burla em pirâmide com criptomoedas.
O número de lesados é avançado esta manhã pelo jornal “Público”, mas é desconhecido o valor global da alegada fraude.
Em causa está a empresa OmegaPro, que se apresentava como uma entidade de investimento e que prometia rentabilidade até 300%, e que já está a ser investigada em vários países.
Em declarações ao jornal, Lars Olofsson, advogado sueco, que representa cerca 2.500 lesados, considera que este “pode ser o maior esquema de fraude em pirâmide de sempre”.
“Não digo isto pelo número de lesados, nem pelo valor que será de vários milhões de euros – a média de investimento dos meus clientes rondou os 120 mil euros – mas pela sofisticação com que foi feito”, afirmou em declarações ao “Público”.
Com um investimento mínimo que começava nos 100 euros, a empresa tinha um ranking de categorias que davam acesso a prémios e a eventos da Omegapro. Os prémios podiam ser monetários, eletrodomésticos, computadores, telemóveis ou viagens.
A OmegaPro que esteve no mercado entre 2019 e 2023 apresentava-se como uma empresa de investimento e marketing baseada em produtos financeiros, com sede em Londres e no Dubai. Negociava em Foreign Exchange Market (Forex), um tipo de mercado de câmbio cujo objetivo é lucrar com as flutuações nos valores das moedas, apostando na valorização ou desvalorização de uma moeda em relação a outra. Os investidores transferiam o dinheiro para a OmegaPro em criptomoedas.
Segundo o Público, ex-jogadores como Luís Figo, Ronaldinho, Casillas, Materazzi, e vários atores de Hollywood e Bollywood, como Steven Seagal e Suniel Shetty, e gurus do marketing e coachs motivacionais, como Eric Worre e Les Brown, participaram em vários eventos organizados pela OmegaPro.
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