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Os bens alimentares essenciais têm visto os seus preços subir ao longo do último ano, desde o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
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Na primeira semana do novo ano, a tendência manteve-se. Entre 23 de fevereiro de 2022 e 4 de janeiro de 2023, de acordo com um levantamento feito pela Deco, o aumento de preços foi de 35,78 euros (mais 19,48%), com um cabaz de bens alimentares essenciais a custar agora 219,40 euros. A 23 de fevereiro do ano passado, o mesmo cabaz custava 183,63 euros.
Laticínios: a subida mais acentuada
Os laticínios são, atualmente, a categoria de alimentos cuja subida de preços foi mais acentuada (26,30%). Entre leite, queijo, iogurtes e manteiga, os portugueses gastaram, nesta semana, 14,50 euros, mais 3,02 euros do que gastariam pelo mesmo conjunto de produtos a 23 de fevereiro, antes do início da guerra.
Também a carne está mais cara. Um quilo de lombo de porco, de frango, de febras de porco, de costeletas do lombo de porco, de bifes de peru, de carne de novilho para cozer e de perna de peru custa 39,54 euros. A 23 de fevereiro, o mesmo cabaz de carne custava 32,24 euros, uma diferença de 7,30 euros.
Mas a inflação também se faz sentir nas restantes categorias. No período analisado, o preço dos congelados subiu 20,33%; o da mercearia aumentou 19,47%; o do peixe subiu 17,40%; e as frutas e legumes registaram um acréscimo de preço de 16,74%.
Quais são os produtos com maiores aumentos de preço?
Ao longo do ano, a Deco monitorizou os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais.
“Esta análise tem revelado aumentos quase todas as semanas, com alguns produtos a registarem subidas de preços de dois dígitos de uma semana para a outra”, nota a entidade defensora dos direitos dos consumidores. Assim, na última semana, entre 28 de dezembro e 4 de janeiro de 2023, tendo em conta a análise da Deco, os dez produtos com maiores subidas de preço foram:
– os douradinhos de peixe (mais 16%, ou seja, mais 89 cêntimos por embalagem);
– o iogurte líquido (mais 13%, ou seja, mais 30 cêntimos por pack);
– o arroz carolino (mais 10%, ou seja, mais 19 cêntimos por quilo);
– os brócolos (mais 9%, ou seja, mais 24 cêntimos por quilo);
– o grão cozido (mais 9%, ou seja, mais 17 cêntimos por embalagem);
– a couve-flor (mais 8%, ou seja, mais 17 cêntimos por quilo);
– o arroz agulha (mais 7%, ou seja, mais 10 cêntimos por quilo);
-o café torrado moído (mais 7%, ou seja, mais 21 cêntimos por embalagem);
– a costeleta de porco (mais 7%, ou seja, mais 39 cêntimos por quilo);
– e as salsichas Frankfurt (mais 7%, ou seja, mais 9 cêntimos por embalagem).
No que diz respeito aos produtos que mais aumentaram de preço desde 23 de fevereiro, foram os seguintes:
– o arroz carolino (mais 81%, ou seja, mais 92 cêntimos por quilo);
– a alface frisada (mais 51%, ou seja, mais 1,04 euros por quilo);
– a cenoura (mais 47%, ou seja, mais 36 cêntimos por quilo);
– o açúcar branco (mais 47%, ou seja, mais 52 cêntimos por quilo);
– a polpa de tomate (mais 43%, ou seja, mais 38 cêntimos por embalagem);
– o leite meio-gordo (mais 42%, ou seja, mais 29 cêntimos por litro);
– a bolacha maria (mais 38%, ou seja, mais 80 cêntimos por pack);
– a couve-coração (mais 38%, ou seja, mais 40 cêntimos por quilo);
– os douradinhos de peixe (mais 38%, ou seja, mais 1,80 euros por embalagem);
– e o iogurte líquido (mais 37%, ou seja, mais 72 cêntimos por pack).
Dicas para poupar no supermercado
Para que o aumento generalizado dos preços não arruíne as suas finanças, é fundamental mudar de hábitos e começar a aplicar algumas dicas de poupança.
Antes de mais é essencial fazer um orçamento familiar. Isto porque os gastos com o supermercado vão depender de família para família. Deve perceber quais os produtos mais comprados em casa e quanto tempo duram. E a partir daí, pode seguir as seguintes dicas.
Comece por fazer uma lista de compras. Verifique o que está em falta e aponte tudo num bloco de notas ou no telemóvel. Dessa forma vai garantir que não se desvia dos seus objetivos e que compra apenas aquilo que realmente precisa.
Esteja também atento às promoções. Vale a pena perceber se pode antecipar a compra de algo por estar em promoção, mesmo que não precise do produto no momento. Por exemplo, detergentes para a roupa. Opte também pelas marcas brancas.
Outra dica essencial é verificar e comparar através do preço por quilo.
E por fim, esteja atento à validade dos produtos. Para tomar decisões mais conscientes, é importante saber a diferença entre “consumir até” e “consumir de preferência antes de”.
Ao saber a validade dos artigos, será mais fácil decidir se vale a pena comprar já e usar mais tarde (porque tem uma validade maior) ou se é um produto que tem de ser consumido nos próximos dias.
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