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Em comunicado enviado às redações, as OSC criticam o ‘timing’ da decisão, que foi anunciada a estas entidades por correio eletrónico a duas semanas da abertura de caça, “sem qualquer consulta e discussão com as partes interessadas”, depois de no passado dia 10 de maio ter sido publicada uma portaria que previa a permissão de caça a esta espécie nos dias 15 e 22 de agosto e nos dias 05 e 12 de setembro de 2021, durante o período da manhã, até às 13:00.
“Uma decisão destas nunca poderia ter sido tomada unilateralmente, sem qualquer consulta e discussão com as partes interessadas”, acusaram as OSC de 1.º nível, considerando a decisão “uma falta de respeito e de lealdade para com os parceiros do setor da caça e para com todos os caçadores portugueses e entidades gestoras de zonas de caça”.
Por comparação com França e Espanha, os caçadores portugueses defenderam que estes países também implementaram ‘quota zero’ de caça à rola comum, mas que geriram o processo com maior antecedência e em articulação com as organizações do setor.
Sublinhando os “investimentos avultadíssimos” realizados pelas zonas de caça para gestão específica para a caça à rola-comum, a marcação e venda de caçadas, programação de viagens e reserva de hotéis, as OSC vincam que os prejuízos decorrentes da proibição “é algo pelo qual o Estado português tem que se responsabilizar”.
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Paralelamente, denunciam a vontade do Estado de utilização do apoio de 4 milhões de euros que tinha sido anunciado anteriormente como ajuda devido à pandemia de covid-19 nos prejuízos que agora dizem estar em causa com esta decisão.
“Importa ter em conta que esse apoio já era escasso para os prejuízos causados pela pandemia, pelo que os prejuízos acrescidos que são causados por esta proibição da caça à rola, nos termos em que ocorreu, obrigam necessariamente a criar um outro mecanismo de compensação para as zonas de caça lesadas”, pode ler-se ainda na nota divulgada.
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