O CaixaBank reiterou esta terça-feira em Londres a sua intenção de “reduzir” a prazo a sua participação de 48% no angolano BFA, que detém através do BPI de que é dono em Portugal.
“Queremos reduzir a nossa participação [no Banco de Fomento Angola], porque 48% é [uma participação] elevada e não corresponde ao nosso envolvimento na gestão [do banco], que não é nenhuma”, afirmou o presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, na apresentação do Plano Estratégico 2019-2021 para o grupo bancário ibérico.
O gestor bancário avançou que o grupo vai esperar pelo “momento” adequado, sem “limitação” de tempo, para o fazer.
Gonzalo Gortázar manifestou a sua satisfação pela forma “rentável e eficiente” como é gerido o banco angolano, considerando que o país também está a tomar medidas de política económica que vão “na direção adequada”.
O BPI tem 48,1% do BFA desde o início de 2017, quando vendeu 2% do banco angolano à operadora Unitel por imposição do Banco Central Europeu para autorizar a OPA do CaixaBank ao BPI.
Na apresentação do plano estratégico feito aos analistas e investidores, o CaixaBank definiu como uma das suas prioridades alcançar uma rentabilidade (ROTE) superior a 12% até 2021.
Para o BPI, os objetivos são, entre outros, crescer e aumentar a rentabilidade, tendo sido indicado que se pretende para os próximos três anos atingir um crescimento médio anual de 7% dos “proveitos core”.
Para atingir os objetivos definidos, o BPI vai “impulsionar negócios com potencial de crescimento e rentabilidade”, aproveitando a sua participação no grupo CaixaBank.
O plano define como objetivos principais atingir uma taxa anual média de crescimento de 5% no crédito e de 3% nos recursos dos clientes, com destaque para os recursos fora do balanço (fundos e seguros).
O BPI espera assim alcançar uma taxa de crescimento médio anual de 7% nos “proveitos core” e atingir um rácio de eficiência de cerca de 50% até 2021.
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