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O Banco Português de Fomento garantiu esta quinta-feira que a candidatura da sua participada Portugal Ventures ao programa Consolidar foi alvo de um “cuidado especial” para garantir que se tratava de uma transação de mercado.
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“A Portugal Ventures é uma participada do Banco Português de Fomento [BPF], colocando-se aqui as regras do Banco de Portugal. Quando há uma transação com uma parte relacionada, há um dever de cuidado especial, sendo necessário um conjunto de pareceres de órgãos distintos do banco, que atestem que essa relação de negócio [constitui] uma transação de mercado”, referiu o administrador executivo do BPF, Tiago Simões de Almeida, em conferência de imprensa.
De acordo com a instituição, todos os pareceres foram obtidos e favoráveis.
Tiago Simões de Almeida notou ainda que a candidatura da Portugal Ventures foi avaliada como as restantes, obtendo uma classificação final que a coloca “numa ordem de mérito através da qual ainda consegue obter fundos”.
Questionado pelos jornalistas, o administrador executivo do BPF esclareceu que, nos últimos anos, a Portugal Ventures não tem feito muitas operações de consolidação, embora “esteja focada” em voltar a fazê-las.
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“A Portugal Ventures resulta da fusão de três outras entidades e a própria Portugal Ventures, nos primeiros anos de vida, dedicou-se a este tipo de investimentos”, apontou.
O BPF anunciou hoje que foram selecionadas 14 candidaturas entre as 33 apresentadas no âmbito do programa Consolidar, com um investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência de 500 milhões de euros.
De acordo com os dados avançados, as candidaturas aprovadas são da ActiveCap, Core Capital, Crest Capital Partners, Draycott, ECS Capital, Fortitude Capital, Grosvenor, Growth Partners, HCapital Partners, Horizon Equity Partners, Inter-Risco, Oxy Capital, Portugal Ventures e Touro Capital Partners.
Posteriormente, o BPF precisou que a Grosvenor mudou de identidade, passando a designar-se 3XP Global.
Entre as candidaturas aprovadas encontra-se assim a da sociedade de risco Portugal Capital Ventures, com um investimento previsto pelo BPF de 32.500.000 euros.
Por sua vez, o investimento privado mínimo é de 13.930.000 euros.
Conforme avançou o BPF, o fundo que será constituído pela Capital Ventures terá por objetivo o “investimento em projetos de crescimento e expansão de PME [Pequenas e Médias Empresas] e ‘mid caps’ com forte cariz de inovação tecnológica, com uma estratégia de aceleração da sua tração ao mercado e de posicionamento como empresas globais”.
Segundo a informação disponível no ‘site’ da Portugal Ventures, além do BPF, são acionistas da empresa o BCP, BPI, Novo Banco, Santander Totta, Petrogal, Generali Seguros, Citibank Europe, Montepio, Banco BIC Português e o Banco Efisa.
O programa Consolidar é um dos programas de investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) e visa promover o investimento em pequenas e médias empresas e ‘mid caps’ (empresas de média capitalização) impactadas pela pandemia de covid-19, mas economicamente viáveis. Este investimento pode ser realizado através de fundos de capital de risco geridos por intermediários financeiros.
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