Portugal está com a capacidade de armazenamento de combustíveis quase esgotada, tendo atingido a saturação devido à quebra de consumo, por efeitos da pandemia de coronavírus, levando à suspensão das refinarias de Matosinhos e de Sines.
“O surto pandémico provocou a redução da atividade económica com efeitos ao nível da diminuição do consumo de combustíveis em todo o território nacional, e adicional e correlativamente, teve implicações diretas na capacidade de armazenagem do país que, neste momento, preenchida a 90%, está praticamente esgotada”, refere um comunicado da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE).
A entidade que gere as reservas e o normal fornecimento de combustível garante que o abastecimento está assegurado e que há reservas estratégicas e de emergência para um período de 90 dias tendo em conta os níveis de consumo de 2019.
“Está integralmente garantido o abastecimento de combustíveis a todo o território nacional, sem exceção, pelo que o combustível não vai escassear nos postos de abastecimento, muitos menos nos postos REPA (Rede de Emergência de Postos de Abastecimento) que obedecem a um regime especialíssimo em caso de emergência energética”, assegura a ENSE.
“Neste cenário de excesso de oferta de derivados de petróleo, por efeito da redução do consumo, é fundamental a redução de refinados podendo a suspensão temporária das refinarias de Matosinhos e de Sines contribuir, decisivamente, para evitar o colapso da capacidade de armazenagem”, conclui a nota assinada pelo presidente da ENSE, Filipe Meirinho.
Depois de Matosinhos, a Galp anunciou a suspensão, pelo menos, durante um mês na refinaria de Sines, a partir do dia 04 de maio.
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