//Carga movimentada nos portos do continente cai 4% até julho

Carga movimentada nos portos do continente cai 4% até julho

Os portos no continente movimentaram 54,7 milhões de toneladas nos sete primeiros meses deste ano, menos 4,1% em relação a igual período do ano passado, indicou esta sexta-feira a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Este desempenho resulta, em grande parte, do comportamento do Porto de Sines que, embora tenha registado em julho um aumento homólogo de 3,6%, ficou, no entanto, em valores acumulados, menos 8% abaixo dos primeiros sete meses de 2017, refere a entidade em comunicado.

Já os portos de Leixões, Aveiro, Figueira da Foz e Faro registaram desempenhos positivos de 1,4%, 0,6%, 2,2% e 64%, respetivamente.

Segundo o comunicado, a queda observada até julho no movimento dos portos do continente, de 4,1% em termos homólogos, evidencia, no entanto, uma recuperação face ao recuo de 10,8% verificado em março deste ano.

“Com variações homólogas diversas no próprio mês de julho, a saber, de +1,9%, -7,4% e -13,6%, respetivamente, os portos de Leixões, Aveiro e Figueira da Foz mantêm as melhores marcas de sempre, agora observadas nos períodos janeiro a julho, ao atingirem cerca de 11,4, 3,1 e 1,3 milhões de toneladas, respetivamente”, lê-se ainda no comunicado.

O porto de Sines mantém a posição de líder, representando em julho 50,7% do total do movimento portuário, mas verifica-se uma queda de 2,1 pontos percentuais face ao período homólogo do ano passado.

Na segunda posição encontra-se o porto de Leixões (20,8%), seguido de Lisboa (12,5%), Setúbal (7,4%) e Aveiro (5,7%).

O mercado da Carga Contentorizada apresentou, no período em análise, um recuo de 5,5%, sendo reflexo do desempenho do segmento de contentores que registou uma queda de 5,1% no número de unidades e de 5,6% no volume de TEU (medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contentor), fixando-se ligeiramente acima dos 1,7 milhões.

Este segmento de mercado apresentou um comportamento negativo na maioria dos portos, sendo Leixões a única exceção ao crescer 1%, correspondo a mais 3,5 mil TEU (medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contentor, sendo que uma unidade é equivalente a 20 Pés).

“Sines condicionou, naturalmente, o comportamento global ao ‘perder’ 80 mil TEU (7,5%), sendo que também é relevante a diminuição registada em Lisboa de -20 mil TEU. Figueira da Foz e Setúbal ‘perdem’ 2,4 e 1,6 mil TEU (-17,1% e -1,8%), respetivamente”, lê-se também no comunicado.

Após este registo, Sines passou a deter uma quota de 57,1% (menos 1,2 pontos percentuais do que no ano passado, Leixões cerca de 21,4%, Lisboa aproximadamente 15,6%, Setúbal ligeiramente acima de 5,2% e Figueira da Foz quase 0,7%.

O comunicado refere também que nos primeiros sete meses deste ano registaram-se 6.346 escalas de navios das diversas tipologias incluindo os navios de cruzeiro, menos 1,1% face ao mesmo período de do ano passado, e uma arqueação bruta (GT) global superior a 118 milhões, uma queda de 0,3% em relação ao período homólogo anterior.

A quota mais significativa do número de escalas observado no primeiro quadrimestre deste ano coube aos portos do Douro e Leixões, com 24,2% (após quebra de 1%), seguindo-se Lisboa com 22,8% (após recuo de 0,4%), Sines com 19,4% (após diminuição de 6,9%) e Setúbal com 15,9% (após crescimento de 5%).

O desempenho dos mercados das cargas continua a ser fortemente influenciado pelo porto de Sines e, em particular, pelos mercados de Carga Contentorizada (-7,5%) e de Carvão (-27%) quer por efeito da redução do volume das operações de ‘transhipment’, quer pela quebra de atividade das centrais termoelétricas, que devido ao crescimento da produção de energias renováveis, perderam no conjunto quase dois milhões de toneladas, isto é, cerca de 56% do total de carga perdida.

Acresce ainda referir que, também em Sines, o mercado dos produtos petrolíferos regista igualmente um recuo de -416 mil toneladas (- 5,7%), em Lisboa a Carga Contentorizada perde -237 mil toneladas (-8%), e em Setúbal a Carga Fracionada diminui -127 mil toneladas (-12%).

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