//Carlos Costa: “Foi o próprio Estado português” que aprovou Isabel dos Santos

Carlos Costa: “Foi o próprio Estado português” que aprovou Isabel dos Santos

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, afirmou esta quarta-feira que tanto o Estado português como a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários carimbaram a idoneidade de Isabel dos Santos na compra de participações em empresas em Portugal.

O governador está hoje a ser ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, na sequência de um requerimento do Bloco de Esquerda, sobre a situação no EuroBic, envolvido no caso Luanda Leaks.

Vários deputados questionaram como é que o Banco de Portugal aprovou, em várias ocasiões, que Isabel dos Santos pudesse ser acionista e administradora de um banco em Portugal. Questionaram ainda o governador sobre o arrastar das investigações ao EuroBic, detido em 42,5% por Isabel dos Santos, que remontam a 2015.

Sobre a questão da avaliação da idoneidade de Isabel dos Santos, Carlos Costa frisou que”foi o próprio Estado português, quando vendeu posições” em empresas à empresária angolana, que conferiu essa idoneidade.

Numa intervenção anterior, Carlos Costa já tinha recordado que foi permitido a Isabel dos Santos que fosse acionista de empresas cotadas, referindo-se à NOS e à Galp Energia.

Em 2012, a estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD) vendeu os 10,7% que detinha ZON (atual NOS) a uma empresa holandesa de Isabel dos Santos. Antes, em 2009, a mesma CGD tinha concedido um crédito de 125 milhões de euros à empresária angolana para esta investir na ZON.

Em 2008, quando o atual presidente do EuroBic, Fernando Teixeira dos Santos, era ministro das Finanças, o governo decidiu nacionalizar o BPN. O banco acabou por ser vendido ao EuroBic em 2012.

Atualizada às 15H12 com mais informação

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