O governador do Banco de Portugal afirmou esta terça-feira que partilha da “preocupação com a revitalização dos serviços mínimos bancários” e prometeu uma “reflexão” sobre o tema, adiantando não poder fazer mais promessas neste momento.
“Refletirei com os colegas do Banco de Portugal sobre o que pode ser feito no sentido de tornar [os serviços mínimos bancários] um serviço mais interessante e que sirva de apoio às populações que tendem a não ter capacidade para consumir ou aceder a outro tipo de serviços financeiros”, afirmou hoje Carlos Costa na audição anual pela Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) da Assembleia da República.
O governador do Banco de Portugal (BdP) adiantou não poder “prometer mais neste momento”, mas sublinhou que os serviços mínimos são algo que é necessário “ter sempre presente para evitar o risco de exclusão financeira”.
“Partilho da sua preocupação com a revitalização dos serviços mínimos bancários”, frisou também, em resposta ao deputado do PCP Paulo Sá, acrescentando que “é uma matéria que merece reflexão e concertação com a associação do setor, que tem de ter alguma sensibilidade sobre esta matéria”.
Questionado sobre o aumento das comissões por parte dos bancos, Carlos Costa frisou que aquilo que o BdP tem defendido é que é necessário “ajudar o consumidor de produtos bancários”, nomeadamente, em termos de disponibilização de informação, comparabilidade e necessidade de justificação.
“Faremos o melhor que soubermos e fazemos o máximo para que a informação esteja disponível, mas, relativamente ao poder de fixação [das comissões bancárias], não nos cabe a nós esse poder”, afirmou Carlos Costa.
Em 01 de outubro do ano passado, o Banco de Portugal lançou no Portal do Cliente Bancário uma funcionalidade que permite comparar as comissões de manutenção praticadas pelas instituições de crédito em Portugal nas contas de serviços mínimos bancários e nas contas base.
Deixe um comentário