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O presidente da Fundação José Neves lamenta que os temas relacionados com o tecido empresarial estejam num plano secundário na campanha para as eleições Legislativas de 30 de janeiro.
O ex-secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação do governo de Passos Coelho fala, nesta entrevista à Renascença, da semana de quatro dias, do teletrabalho e da possível descida do IRC.
Carlos Oliveira revela que não gosta do conceito de unicórnios, e repete várias vezes a ideia de que o que os empresários devem desejar é que o Estado “saia da frente”. E não tem dúvidas de que há muitas empresas que sofrem de subsidiodependência.
Para o futuro, a prioridade é bem clara: mais educação e mais inovação. Só assim se concluirá a equação necessária para a atração de investimento.
O empreendedorismo, a inovação e a competitividade foram temas quase esquecidos nos debates televisivos para as eleições Legislativas. Porque é que assim foi?
São temas que não são muito chamados para o dia-a-dia porque, se calhar, não geram “soundbytes”. Se calhar, também não geram o interesse das pessoas ou não lhes é gerado esse interesse. Mas são temas que são fundamentais para o país.
Um dos temas que mais tem faltado [discutir na campanha] é o da importância da educação, das qualificações para que possamos ter portugueses mais felizes, com melhores rendimentos e que dêm origem a empresas com mais potencial de crescimento e possam ter as qualificações adequadas para as ajudar a crescer.
Está-se sempre a olhar para o curto prazo. Um dos grandes desafios que temos enquanto país, é o de não olharmos apenas para o dia de amanhã
Um dos motivos por que temas são muito pouco falados é que se desenvolvem em ciclos longos e, infelizmente, vivemos num país em que os ciclos, quando se completam os períodos governativos totais, são de quatro anos.
Está-se sempre a olhar para o curto prazo. Um dos grandes desafios que temos, enquanto país, é o de não olharmos apenas para o dia de amanhã, mas podermos perspetivar aquilo que queremos para um futuro mais longínquo.
Sem isso, vamos estar sempre a falar da espuma dos dias. E, muitas vezes, a tomar as decisões adequadas ao momento, mas que não são as melhores para um futuro.
A descida do IRC de 21% para 17%, como o PSD defende, é de basilar importância para que as empresas possam ter condições de sucesso?
Partimos de um ponto em que os impostos, quer para as empresas quer para os cidadãos, são muitíssimo elevados. Temos uma carga fiscal desadequada, que faz com que para cada português sobre uma parte pequena do custo que tem para uma empresa.
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