Carlos Tavares, presidente executivo e do Conselho de Administração da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), pode exercer durante mais quatro meses os dois cargos, em simultâneo, divulgou esta sexta-feira a instituição financeira.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CEMG informa que foi autorizada pelo Banco de Portugal a prorrogação, por quatro meses, do prazo concedido para que Carlos Manuel Tavares da Silva exerça em simultâneo os cargos de presidente do Conselho de Administração e de presidente da Comissão Executiva da CEMG.
Em final de agosto foi noticiado que o grupo Montepio enviou para o Banco de Portugal um pedido provisório de avaliação da idoneidade de Álvaro Nascimento para presidente não executivo (‘chairman’) da CEMG.
Contudo, o professor da Universidade Católica e ex-presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos (2013 a 2016) — que seria do agrado de Carlos Tavares – não teria o apoio de Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, depois de ter sido conhecido que Álvaro Nascimento criticou em março — num artigo de opinião no Jornal de Negócios – a “benesse do crédito fiscal por impostos diferidos atribuído à Associação Mutualista Montepio Geral” e questionou a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na CEMG pelo montante de que então se falava.
Na quinta-feira, o Montepio Geral anunciou lucros de 15,8 milhões de euros no primeiro semestre, mais 21,1% face ao mesmo período de 2017, para o que contribuiu a queda das provisões para crédito.
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