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O crescimento da economia mundial deverá desacelerar para 2,9% em 2019 e para 3% em 2020, estimou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que reviu em baixa as previsões anteriores e advertiu que serão os acréscimos mais fracos desde a crise financeira de 2008.
No relatório Perspetivas Económicas Intercalares, que revê as previsões semestrais lançadas em maio, a organização baixou três décimas a projeção para este ano e quatro décimas para 2020, em linha com uma tendência que se estende nas maiores economias.
A OCDE, que junta 36 países, lembra que “o crescimento global abrandou a um ritmo anual de 3% na primeira metade de 2019”.
“O panorama global tornou-se cada vez mais frágil e incerto. O crescimento do PIB é moderado e o comércio global está a contrair”, indica a OCDE, acrescentando que “as tensões contínuas e aprofundadas nas políticas comerciais estão a afetar cada vez mais a confiança e os investimentos”, pode ler-se no relatório.
À exceção do Canadá, Japão e Turquia, todas as restantes economias avaliadas estão numa trajetória de menor crescimento e a Zona Euro será uma das mais castigadas, com a Alemanha a liderar (o mercado alemão é o terceiro maior cliente das exportações portuguesas).
Em relação à Zona Euro, a previsão para o crescimento real do PIB é de 1,1% (menos 0,1 do que em maio), mas a maior revisão em baixa é para 2020, com um corte de 0,4 pontos, para 1%.
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