Contudo, num cenário menos longínquo, em Lisboa, uma taxa de 4% da Euribor encareceria a prestação em 171 euros.
No entanto, Ricardo Sousa diz que a triagem de acesso à habitação está atualmente a ser feita à entrada.
As famílias que adquiriram casa no passado, sobretudo depois do ano 2018, “estão protegidas destes aumentos, porque apesar de as taxas de juro estarem negativas, o Banco de Portugal, através das medidas macro prudenciais, impôs aos bancos comerciais o teste de uma carga de 3% adicional de taxa de juro”.
“Ou seja, quem já está no mercado está protegido a estas subidas. Este teste continua a ser exigível, ou seja, eu tenho de testar a capacidade da família não a 3% da Euribor, mas a 6% da Euribor”, diz.
“Isso faz com que no acesso à habitação, as famílias já estejam a sentir os 5%. Quem está a ir agora ao mercado está a ser testada a sua taxa de esforço não a 2,8%, mas a 6%. Isso faz com que muitas famílias estejam fora do acesso à habitação”, conclui.
Arrendar não compensa financeiramente. Lisboa é exceção
Para o arrendamento, o cenário não é muito diferente. Em Lisboa, arrendar uma casa de 90 m2 custa o triplo do que se paga, por exemplo, em Beja, a cidade com arrendamento mais barato do país (351 euros).
Deixe um comentário