//Catarina Martins acusa governo de dar “uma borla” à Uber e Glovo

Catarina Martins acusa governo de dar “uma borla” à Uber e Glovo

A líder do Bloco de Esquerda (BE) acusou hoje o Governo de dar “uma borla” às plataformas digitais, por não obrigar à celebração contratos de trabalho, e defendeu que a lei é “um frete” à Uber e Glovo. internacionais.

“Uma das medidas que para nós é terrível que tenha desaparecido tem a ver com a obrigação das plataformas de fazerem contratos com os estafetas e motoristas. Ou seja, esta lei é um frete à Uber e à Glovo do ponto de vista internacional” acusou Catarina Martins.

A líder do BE disse à agência Lusa, à margem da inauguração da semana cultural em Viseu, Sementeira, que a Agenda do Trabalho Digno apresentada hoje pelo Governo veio da concertação social com “boa parte das normas desaparecidas”.

“Neste momento, o Partido Socialista Europeu tem no Parlamento Europeu uma deputada que é a autora de uma diretiva que diz que as plataformas têm de fazer contrato com os estafetas e a lei portuguesa diz que afinal não, que cada homem com a sua bicicleta é um empresário”, apontou.

No entender de Catarina Martins, “isto é uma desproteção do trabalho, é uma borla para as plataformas”. A líder bloquista citou a diretora-geral da Uber em Portugal que “já veio dizer que este é o modelo de ouro para a Uber”.

Catarina Martins alertou ainda que quem considera que as plataformas digitais são “um problema de poucos trabalhadores” deveria saber que “há plataformas em cada vez mais áreas” de mercado, tendo sido a primeira a Uber com os carros.