//Catarina Martins defende aumento de “todos os salários” além do SMN

Catarina Martins defende aumento de “todos os salários” além do SMN

“O Salário Mínimo Nacional (SMN) não previne que uma pessoa que trabalha a tempo inteiro não seja pobre e portanto temos aqui um grande caminho a fazer. Mas o caminho não há de ser só sobre o Salário Mínimo Nacional, há de ser sobre todos os salários”, defendeu hoje a coordenadora do Bloco de Esquerda.

Catarina Martins falava numa sessão pública intitulada “Que futuro? Das propinas ao clima. Faz a tua pergunta”, no ISCTE — Centro Universitário de Lisboa, num auditório com cerca de três dezenas de jovens universitários que durante uma hora e meia lhe fizeram perguntas sobre temas como as propinas, o clima, saúde mental ou a precariedade laboral.

A líder bloquista fez referência à subida do Salário Mínimo Nacional hoje aprovada em Conselho de Ministros pelo Governo para 705 euros a partir de 01 de janeiro de 2022, mostrando-se favorável à subida mas notando que “continua a ser muito baixo”.

Catarina Martins aludiu depois a um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado na quarta-feira que se posicionou contra um aumento rápido do SMN em Portugal e considerou “importante evitar reverter reformas do mercado de trabalho” porque poderá “comprometer uma recuperação sustentável”.

“Quando organizações como a OCDE dizem que Portugal não deve mexer na legislação laboral, querem que Portugal seja um repositório de baixos salários da Europa”, sustentou.

Para a coordenadora do BE, se as leis laborais não forem alteradas, não será possível aumentar os salários médios.