Portugal tem mais um Prémio Europeu de Promoção Empresarial (EEPA). O Living Lab Carbono-Zero de Matosinhos ganhou, esta noite, em Graz, na Áustria, o oitavo EEPA nacional desde a criação deste galardão, pela Comissão Europeia, em 2005. O projeto, uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Matosinhos e do CEiiA, é o vencedor de 2018 na categoria de Apoio ao Desenvolvimento de Mercados Ecológicos e à Eficiência de Recursos.
“Acreditamos que é possível criar novas formas de viver em sociedade e acreditamos que é possível fazê-lo a partir de Matosinhos para o mundo “, afirmou a presidente da Câmara de Matosinhos, que recebeu o prémio acompanhada de Catarina Selada, responsável do CEiiA City Lab, e do vereador da mobilidade, José Pedro Rodrigues.
“[Este galardão] representa o reconhecimento internacional do mérito de um projeto em que sempre acreditamos e que pretende contribuir para que Matosinhos seja um concelho com maior qualidade de vida e próximo da neutralidade em termos de emissões de carbono”, disse aos jornalistas Luísa Salgueiro, à margem da cerimónia.
Em curso há um ano, mas com outro ainda pela frente, o Living Lab Carbono-Zero de Matosinhos corresponde a um investimento de um milhão de euros e envolve 18 parceiros entre startups, empresas privadas e empresas de transportes públicos, entre outros, com destaque para o Porto de Leixões, a Efacec, o Metro do Porto, a STCP e a Universidade do Porto. Engloba diversas soluções tecnológicas inovadoras, como a instalação de iluminação pública reativa ao movimento, no centro da cidade,”a primeira do género em todo o mundo”, destaca José Pedro Rodrigues. Uma solução da Philips Lighting e que permite poupanças anuais de oito toneladas de emissões ao ano, na área em que está já instalada, no centro do município. O seu alargamento ao resto do concelho permitirá aumentar essa poupança para 800 toneladas ao ano. No total, o projeto pretende obter poupanças energéticas anuais de 40 megawatts.
Já Catarina Selada, do CEiiA, destacou o “conceito embrionário” de air credits, o “primeiro mercado local de carbono em todo o mundo”, desenvolvido no âmbito deste projeto e em que o cidadão, por adotar modos de mobilidade mais sustentáveis, ganha créditos que pode, depois, trocar por descontos em produtos ou serviços, como viagens em transportes públicos.
Nuno Mangas, presidente do IAPMEI, espera que este projeto, agora premiado, venha a ter um “efeito multiplicador” em Portugal e na Europa, sendo “o primeiro de muitos projetos promotor de boas praticas”, no âmbito das smart cities, da poupança de energia e da segurança para os cidadãos.
- *A jornalista viajou a convite da Comissão Europeia
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