O ministro das Finanças congratulou-se este sábado, em Helsínquia, com a melhoria da perspetiva sobre o “rating” (avaliação) de Portugal pela agência de notação Standard & Poor’s (S&P), e disse que o país deve ter noção da importância destes “momentos”.
À chegada a uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia, Mário Centeno, reagindo à “mudança para uma perspetiva positiva a notação da dívida da República Portuguesa pela agência S&P”, anunciada na sexta-feira à noite, começou por comentar que se trata de “mais uma boa notícia sobre a confiança, a credibilidade do processo económico, financeiro e orçamental em Portugal”.
“Esta confiança que obtemos destas agências internacionais faz com que, neste momento, todas essas agências tenham uma perspetiva positiva sobre essa notação, o que perspetiva de certa forma que no curto prazo possam existir melhorias da notação propriamente dita”, declarou.
Atribuindo a revisão da perspetiva do ‘rating’ à melhoria de indicadores como o investimento, a confiança dos consumidores e o emprego, o ministro das Finanças sublinhou a importância que o aumento da confiança das agências de notação internacional tem para o país, e não apenas para o Estado.
“É muito importante que o país viva estes momentos e que perceba o valor que estes momentos têm para os custos de financiamento da economia portuguesa, que não são apenas exclusivos do Estado, são também para as famílias e para as empresas. Talvez seja essa se calhar até a melhor noticia que essa classificação coloca”, argumentou.
Na sexta-feira à noite, a Standard & Poor’s reviu de “estável” para “positiva” a sua perspetiva sobre o ‘rating’ de Portugal, destacando a resiliência da economia nacional e a melhoria do custo associado à dívida externa.
No entanto, esta agência manteve o ‘rating’ da dívida portuguesa de longo prazo em “BBB”.
Em 15 de março, a S&P tinha subido o “rating” de Portugal de “BBB-” para “BBB”, dois níveis acima do grau de investimento especulativo, com perspetiva estável.
Na sexta-feira, a agência baseia a revisão da perspetiva em fatores como a avaliação de que o resultado das eleições legislativas não vai alterar a política orçamental.
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