O pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional de 4,7 mil milhões de euros, concluído esta segunda-feira, permite uma poupança de 100 milhões de euros, indicou esta segunda-feira o ministro das Finanças.
Mário Centeno justificou o pagamento antecipado dos últimos valores devidos no pós-resgate do FMI com a necessidade de reduzir os custos de financiamento do Estado e de compor também um calendário mais suave de amortizações.
“Os pagamentos antecipados são, obviamente, financiados por títulos com maturidade mais longa, o que permite evitar uma excessiva concentração de amortizações num determinado ano, e e, particular nos próximos anos. O reembolso antecipado ao FMI contribui, de facto, para um perfil de amortizações nos próximos anos mais suave, tendo em conta a magnitude e a proximidade de picos de refinanciamento, em particular, nos anos de 2021 e de 2022”.
O ministro referiu que, no total, a gestão de dívida do Estado nos últimos dois anos com pagamentos antecipados já permitiu reduzir encargos relativos a financiamentos mais caros em 1,16 mil milhões de euros, e admitiu que a possibilidade de ressarcir antes do prazo os fundos europeus da ajuda a Portugal também está em aberto.
Segundo o ministro, estão em cima da mesa “todas as operações que venham a ser consideradas importantes para otimizar” a dívida pública, que o governo espera que atinja um rácio de 121,2% do PIB no final de 2018.
No próximo ano, as necessidades de financiamento público estão agora estimadas em 13 mil milhões de euros, avançou.
Para 2021, ano de pico nas obrigações de pagamentos no calendário de gestão da dívida, as necessidades de financiamento são agora de 20 mil milhões de euros, segundo o ministro – menos dois mil milhões de euros por efeito do pagamento antecipado concretizado hoje.
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