//Centeno fora da corrida ao FMI? França desmente

Centeno fora da corrida ao FMI? França desmente

Mário Centeno já não estará na corrida à liderança do FMI, de acordo com notícias divulgadas pela agência Bloomberg e pelo “Financial Times” esta segunda-feira. No entanto, o porta-voz do ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, já desmentiu oficialmente que haja uma lista reduzida a três nomes.

Ainda na sexta-feira, o nome do ministro português das Finanças e também presidente do Eurogrupo fazia parte de uma lista de cinco pessoas apontadas ao cargo pela mesma agência, mas os candidatos serão agora três, garantem ambos os órgãos de comunicação, que citam altos funcionários ligados ao processo: Jeroen Dijsselbloem, antigo ministro das Finanças holandês, Kristalina Georgieva, diretora executiva do Banco Mundial (que foi também adversária de António Guterres na corrida ao posto de secretário-geral da ONU), e Olli Rehn, atual governador do Banco da Finlândia.

Entretanto, a Bloomberg dá conta da preferência do Governo francês por Georgieva, notando porém que não há qualquer declaração oficial nesse sentido. As razões da escolha, de acordo com responsáveis do país, serão o facto de se tratar de uma mulher e de ser do Leste europeu, região cuja adesão à União Europeia foi mais recente e que, por isso, não tem tido figuras nomeadas para altos cargos.

Para além de Centeno, também a homóloga espanhola Nadia Calvino teria deixado de ser uma hipótese na sucessão de Christine Lagarde. As candidaturas estão abertas a partir desta segunda-feira e até 6 de setembro, esperando-se que o sucessor seja nomeado até 4 de outubro.

O processo está a ser liderado pelo ministro Bruno Le Maire, sendo tradição que o candidato apontado pela Europa fique com o cargo. Agora pede-se um consenso continental para que o nome seja aprovado.

Nas últimas décadas, a liderança do FMI tem ficado na mão de um europeu, enquanto um norte-americano tem liderado o Banco Mundial. Porém, refere também a Bloomberg, o bloco europeu considera possível que o presidente norte-americano Donald Trump quebre esse compromisso, que os países emergentes também consideram caduco.

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