Mário Centeno garantiu, esta quarta-feira, que o governo aumentou o investimento financiado pelos impostos em mais mil milhões de euros por ano ao longo da legislatura.
Na intervenção que encerrou o debate, no parlamento, sobre o programa de estabilidade 2019-2023 (PE), o ministro das Finanças rejeitou as críticas dos partidos da oposição sobre a falta de investimento público deste governo. “O esforço do Orçamento do Estado com investimento aumentou 45% nesta legislatura”, afirmou Mário Centeno, acrescentando que “o investimento financiado com impostos aumentou de 2100 ME em média anual na anterior legislatura, para 3100 ME nos últimos quatro anos. São mais 1000 ME todos os anos de impostos para investimento público”, assegurou Mário Centeno.
Ou seja, concluiu o titular das Finanças “o investimento não foi usado para promover o ajustamento no saldo orçamental. Foi, de facto, o contrário o que aconteceu!”, exclamou Centeno.
Dívida nominal a descer
No último programa de estabilidade desta legislatura, Mário Centeno puxou dos galões da credibilidade dada pelas agências de rating e das previsões mais acertadas do que outras instituições nacionais e internacionais para a economia e o défice. “Acreditaram em imagens fantasmagóricas, às vezes com asas, outras vezes sem elas, mas sempre montadas no dorso de alguma coisa alada que levaria Portugal para os infernos e nada disto aconteceu”, defendeu o ministro das Finanças, acrescentando que “não aconteceu pela credibilidade, pelo rigor que hoje Portugal tem na sua política económica e na sua política orçamental, naquilo que é o futuro das gerações”, concluiu.
E foi com base nestes pressupostos que Mário Centeno reafirmou a previsão de uma descida da dívida pública em termos nominais.
O ministro já o tinha referido na apresentação do programa de estabilidade, no dia 15 de abril. “Hoje a dívida pública desce em percentagem do produto interno bruto e já amanhã vai começar a descer em termos nominais. Nós não temos futuro para o país se a dívida não baixar, não é possível projetar uma sustentabilidade para as políticas publicas se não tivermos uma trajetória de redução da dívida”, sublinhou o ministro das Finanças.
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