//Centeno. Negociação do OE “não tem tabus”

Centeno. Negociação do OE “não tem tabus”

A negociação do Orçamento de Estado (OE) “não tem tabus” disse o ministro das Finanças em entrevista à TVI, alertando contudo que não pode ir além de medidas que sejam financiáveis.

Mário Centeno sublinhou a importância da descida da dívida pública, que denominou de “virtuosa”, e considerou que “paragens nesta descida colocaria dúvidas em todos e não só nos mercados de capitais, mas também nos portugueses”. Na sua opinião, “os portugueses não compreenderiam uma travagem neste processo”.

O ministro, tantas vezes apelidado de Cristiano Ronaldo das Finanças, referiu que as negociações com os outros partidos já se iniciaram, “já houve várias reuniões” e vão continuar até à aprovação do documento.

E adiantou estar disponível para negociações “à la carte”, desde que não altere a trajetória das contas públicas, sublinhando que também não vê “ninguém com vontade ou disponível para o fazer”. “Não vejo que desta negociação resulte risco, algo que possa alterar a trajetória das contas públicas que temos”, afirmou.

Na entrevista à TVI, Centeno fez ainda questão de sublinhar que “Portugal tem hoje as contas equilibradas, não estamos a hipotecar as novas gerações”.

Injeção no NB
Sobre a injeção prevista de 600 milhões de euros no Novo Banco, o ministro das Finanças esclareceu que, face aos compromissos assumidos aquando da venda da instituição, ainda não foi atingido o limite dos 3,89 mil milhões de euros de injeções.

Neste momento, está “em pouco mais de metade”, disse, reconhecendo que “os portugueses têm revelado ao longo de todo este processo um nível de entendimento das dificuldades da crise” e que “merecem da banca a devolução de toda essa paciência”.

Questionado se se vai manter no cargo de ministro das Finanças, Centeno disse estar focado “em cumprir todas as responsabilidades que assumi e inclusive este Orçamento de Estado”.

O ministro disse ainda que contava com a “solidariedade” de todos os ministros e foi isso que permitiu que o orçamento fosse aprovado “em tempo recorde”.

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