O ministro das Finanças demissionário, Mário Centeno, não vê qualquer incompatibilidade, caso seja nomeado para o cargo de governador do Banco de Portugal, mas não quis confirmar se vai assumir essas funções, apontando que a decisão cabe ao Governo.
“Essa decisão compete ao próximo ministro das Finanças e ao Governo tomar”, afirmou o ainda ministro, na sua última entrevista no Governo, esta quinta-feira, à RTP.
Questionado sobre a existência de eventuais incompatibilidades e sobre possível aprovação de uma lei que proíba uma transição semelhante, Centeno respondeu: “Não conheço nenhum país que tenha essa incompatibilidade”.
Adiantou que “ser governante não é propriamente um cadastro”. “Sempre defendi que o critério de independência não é estratosférico”, sublinhou.
Sem querer confirmar se aceitaria a nomeação, Centeno considerou que o cargo de governador “é um cargo que qualquer economista pode gostar de desempenhar”, lembrando que o mesmo implica desafios atualmente e no futuro.
O nome de Centeno tem sido apontado como o favorito para substituir Carlos Costa, cujo mandato como governador do Banco de Portugal termina em julho.
Centeno, que ficará ainda como presidente do Eurogrupo durante mais um mês, afastou que tenha ambições políticas atualmente. “Não tenho ambições políticas hoje, nenhumas”, afirmou.
Atualizada às 22H01 com mais informação
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