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O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, garantiu esta quarta-feira que o elevado nível de moratórias de crédito não vai ser um problema para o setor da banca em 2021.
Mas alertou, em entrevista à RTP3, que o principal risco é o aumento do malparado quando terminar o prazo das moratórias, no final de setembro deste ano.
“Os bancos aguentam manter estas moratórias tal como estão desenhadas”, afirmou o governador. Salientou que o nível registado de moratórias não causou problemas aos bancos em 2020 e “não vai causar em 2021”, nem em termos de solvência, nem de liquidez.
As famílias e empresas vão deixar de pagar aos bancos 13 mil milhões de euros em prestações de crédito até ao final de setembro, estima o Banco de Portugal.
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Segundo Centeno, o maior risco é que “quando elas terminarem, acordarmos para uma realidade de malparado. “Esse é que é o risco”, frisou.
Destacou que “a poupança cresceu em Portugal”, com a taxa de poupança a aumentar de 7% para 13,4%, o que “é um contraste com o que aconteceu em 2008” na crise financeira.
Apontou que esta tendência é visível no aumento dos depósitos, que cresceram 10%, pelo que “existe uma almofada financeira agregada” para dar resposta ao fim das moratórias.
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