O ministro das Finanças reconheceu esta sexta-feira, 15 de maio, “o forte impacto” da pandemia na atividade económica em março, mas garante que “está totalmente alinhada com as estimativas para a atividade setorial apresentadas no Programa de Estabilidade”.
Numa nota publicada depois de conhecida a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística, o gabinete de Mário Centeno indica que “esta primeira estimativa do INE reflete já o forte impacto que a pandemia de covid-19 teve na atividade económica em março, uma vez que os dados até fevereiro indicavam a continuação do bom desempenho que se verificou no final de 2019.”
De acordo com o gabinete de estatística, no primeiro trimestre do ano, a economia portuguesa contraiu 2,4% em termos homólogos e 3,9%, face aos últimos três meses de 2019, mas Centeno salienta o facto de se tratar de uma queda menor do que a média da zona euro.
“A contração do PIB português (-2,4%) é, ainda assim, menor do que a registada pelo Eurostat para a zona euro (-3,2%). Ainda de acordo com o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, alguns dos principais parceiros comerciais de Portugal registaram contrações bastante acentuadas, como Espanha (-4,1%), França (-5,4%), ou Itália (-4,8%), contribuindo para o comportamento negativo das exportações”, aponta o comunicado.
Em linha com as estimativas
Apesar da queda acentuada do produto, o ministro das Finanças salienta que está em linha com o previsto.
“A evolução do PIB no primeiro trimestre está totalmente alinhada com as estimativas para a atividade setorial apresentadas no Programa de Estabilidade. A severidade da quebra da economia está bem espelhada no impacto que as três últimas semanas de março tiveram na evolução do PIB no primeiro trimestre”, sublinha na nota.
O gabinete de Centeno lembra que “esta é uma crise que não tem origem nem na economia nem no sistema financeiro”, acrescentando que a evolução da economia nos próximos meses dependerá do progresso na situação epidemiológica e do êxito do levantamento gradual das medidas restritivas que foram decretadas em Portugal e na União Europeia, espaço que absorve mais de 70% das exportações nacionais”, frisa.
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