//Centro PINUS espera que 665 milhões para florestas facilite acesso a financiamento

Centro PINUS espera que 665 milhões para florestas facilite acesso a financiamento

“No atual contexto, as autarquias e Comunidades Intermunicipais (CIM) podem ter uma voz mais ativa sobre a sua floresta”, afirmou o Centro PINUS – Associação para a Valorização da Floresta de Pinho, promovendo uma ronda de reuniões com as CIM, para discutir o potencial da floresta e em específico da floresta de pinho para cada região.

Na perspetiva desta associação, “a floresta portuguesa necessita urgentemente de ter um melhor ordenamento e uma gestão mais eficiente”, constituindo um eixo estratégico de recuperação económica, pelo que são fundamentais os apoios públicos e determinante o fácil acesso ao financiamento.

De acordo com o Centro PINUS, atualmente muitas regiões ficam excluídas do acesso ao financiamento, o que resulta no abandono do território e na perda de valor económico, social e ambiental.

“O investimento público necessário para realizar gestão florestal tem de ser adequado e de acesso muito simples, inclusivamente ao pequeno proprietário”, avançou a associação do setor florestal, criticando a complexidade do acesso a financiamento do PDR2020 – Programa de Desenvolvimento Rural.

Além de “prejudicar toda a floresta”, as atuais medidas do PDR2020 falham na distribuição equitativa pelas unidades territoriais, uma vez que “deixa para trás as regiões em que a dimensão da propriedade é mais pequena”, apontou o Centro PINUS.

Nas regiões com maior área de pinheiro-bravo, que coincidem com as zonas onde predomina a pequena propriedade, nomeadamente a região de Coimbra (90 mil hectares (ha)), Viseu Dão Lafões (85 mil ha), Beira Baixa (70 mil ha), Região de Leiria (70 mil ha), o acesso a fundos foi “muito baixo”, revelou a associação, adiantando que, “do lado oposto, bastaram seis NUT III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) da região sul para a contratualização de 50% dos apoios do PDR”.