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Foi em busca de ideias inovadoras e sustentáveis, que proporcionem novas ofertas aos clientes, que a Associação Portuguesa dos Centros Comerciais (APCC) levou a cabo a segunda edição do Programa de Incubação de Retalho.
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A última edição contou com cerca de 50 candidaturas de empresas que apenas têm presença online mas que pretendem transitar para a vertente física. Desses projetos foram escolhidos cinco finalistas.
Como frisa Rodrigo Moita de Deus, líder da APCC, todas as marcas que concorrem “ganham visibilidade junto dos operadores dos Centros Comerciais, aumentando a possibilidade de poderem vir a ter um espaço físico num deles”.
Caso um dos projetos agrade, poderá existir uma negociação com um ou mais operadores, para acordar a materialização da sua presença em centros comerciais. “A maioria dos projetos são de muito pequena dimensão, pelo que normalmente a sua presença em centros comerciais é feita de forma intermitente (tipo pop up stores)”, detalha o dirigente.
O que cada centro comercial oferece a estes negócios depende deles. “Essa é uma liberdade dos operadores que, em conjunto com os projetos que considerem adequados aos espaços que gerem, definem a forma de materialização dessa presença”, frisa Rodrigo Moita de Deus.
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Uma das finalistas desta segunda edição tem desde maio um negócio online de fraldas reutilizáveis, feitas de materiais sustentáveis, com plástico marinho reciclado e 100% portuguesas. Depois de ser contactada por um operador, a mentora da Pico Tango, confessa que se sente muito agradecida pela oportunidade proporcionada pela APCC. “É uma enorme felicidade chegar até aqui e ter a oportunidade de mostrar o valor deste projeto, num produto essencial aos bebés”, afirma Inês Correia, adiantando que graças à APCC vai ver o seu “banco de fraldas” materializar-se em espaços físicos este ano, na grande Lisboa e no Porto.
Embora ainda não tenha sido contactada depois da fase final do programa, Juliana Ribeiro – que concorreu com a Elise, marca online que se dedica à compra e venda de roupa em segunda mão e vintage – explica que no speed dating (fase em que 12 semifinalistas fizeram pequenas apresentações dos projetos, com três minutos de duração, aos operadores presentes) conseguiu captar o interesse de alguns operadores de centros comerciais. “Trocámos contactos para futuramente nos alinharmos para avançar para uma opção concreta”, revela.
Já a viver uma experiência pós-Programa de Incubação de Retalho está Cláudia Gomes. A fundadora e diretora criativa da Mineral Organic Crafts (marca que produz de forma manual ambientadores ecológicos) foi uma das finalistas da primeira edição da iniciativa. A marca, que está, segundo Cláudia Gomes, em expansão muito devido à inovação presente nos modelos e funcionalidades, garantiu presenças pop up em vários centros comerciais. “Todas as presenças foram muito enriquecedoras, pois encarei sempre este projeto como uma ação de marketing e promoção da marca”. E, neste sentido, “o objetivo foi cumprido, pois demos a conhecer a nossa Mineral Organic Crafts a centenas de pessoas que se cruzaram connosco em pontos geográficos muito distantes”.
Cláudia Gomes insta a que “exista uma resposta “em uníssono” entre todos os centros comerciais que marcam presença, de forma a articularem ainda que seja um prémio mínimo para quem é selecionado, garantindo que os cinco finalistas recebam garantidamente uma experiência em centro comercial por terem chegado até ali por mérito”.
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