//CEO do Santander Portugal pede fim dos juros negativos nos grandes depósitos

CEO do Santander Portugal pede fim dos juros negativos nos grandes depósitos

O presidente executivo do Santander Portugal, Pedro Castro e Almeida, defendeu esta quinta-feira que o Governo e o Banco de Portugal devem fazer uma “reflexão” e considerar acabar com a proibição da aplicação de taxas de juro negativas nos depósitos das grandes empresas e institucionais.

O banqueiro lembrou que em outros países europeus é permitido refletir os juros negativos naqueles depósitos e que, se se mantiverem as “assimetrias” de Portugal, “pode vir a prejudicar muito a banca portuguesa”.

“É uma reflexão que deve ser feita”, disse Pedro Castro e Almeida na conferência de apresentação dos resultados do banco nos primeiros nove meses deste ano.

Frisou que o Santander não está a aplicar comissões aos depósitos de grandes empresas e institucionais para compensar o fato de não poder refletir as taxas de juro negativas. Mas o banco fez “um pedido de esclarecimento na parte das comissões” junto do supervisor bancário.

Adiantou que há bancos em Portugal que já estão a aplicar comissões a este tipo de depósitos. “Nós aguardamos pela devida autorização também para o fazer”, disse.

O BCP, a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco também defenderam que os bancos devem poder cobrar por grandes depósitos.

O custo dos bancos depositarem fundos no Banco Central Europeu é de 0,5%.

Em Portugal, a lei proíbe a aplicação de taxas de juro negativas aos depósitos.

Ver fonte