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No segundo trimestre, mantinham-se com corte de horários, ou suspensão total de contrato, 53,6 mil trabalhadores, indica nesta quarta-feira o INE, a dar conta de uma redução importante dos ausentes por falta de trabalho nos meses de desconfinamento.
Face ao primeiro trimestre, período em que foi recuperada a medida de lay-off simplificado para as atividades forçadas a encerrar novamente com o disparar dos números da pandemia, observa-se uma redução para cerca de um quarto no número de pessoas afastadas do posto de trabalho devido à redução ou falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos da empresa. Eram 200,4 mil pessoas no primeiro trimestre, representando quase um terço de 635 mil ausentes no total.
Já nos meses de abril a junho, o universo de ausentes do trabalho encolheu para 397,1 mil, com os afastados pela imposição de medidas de redução ou suspensão do período normal de trabalho a representar apenas 13,5%.
A grande fatia de ausentes neste período voltou a ser a que está relacionada com doenças, acidentes e incapacidade temporária, com 182,8 mil pessoas, seguindo-se quem fez férias, 95,3 mil. Havia ainda 40,7 mil em gozo de licenças de parentalidade, e 21,1 mil ausentes por outras razões não especificadas.
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Face há um ano, quando o universo de ausentes superava um milhão, a média semanal de horas trabalhadas fica nesta primavera muito acima, nas 35 horas (eram menos oito há um ano). São também mais três horas semanais de trabalho do que as da média do primeiro trimestre.
Mas, os números mostram ainda uma realidade que fica aquém da normalidade, com o número médio de horas trabalhadas por semana no segundo trimestre ligeiramente abaixo da média das semanas equivalentes do período 2011 a 2019 (36 horas), refere o INE.
Quanto a quem se manteve a trabalhar a partir de casa no último trimestre com recurso a tecnologias de informação, na definição de teletrabalho, são contabilizadas 717 mil pessoas, correspondendo a 14,9% da população empregada. Eram 20,7% no trimestre anterior.
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