//CGD com pedidos de 54 mil clientes para moratórias de crédito

CGD com pedidos de 54 mil clientes para moratórias de crédito

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A
Caixa Geral de Depósitos (CGD) tinha, na última segunda-feira, pedidos de 54
mil clientes para moratórias de crédito, disse o administrador José de Brito na
apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

Segundo
o responsável, até segunda-feira, já o número de pedidos de clientes elegíveis
era de 47 mil, com um valor total de capital dos créditos de 5,7 mil milhões de
euros.

Dos
clientes elegíveis para moratórias, até à mesma data, tinham já sido aprovados
pedidos de moratórias de 38 mil clientes, cujos empréstimos totais ascendem a
4,7 mil milhões de euros.

José
de Brito explicou que cada cliente pode pedir moratórias para vários créditos
(por exemplo, crédito à habitação e crédito automóvel), pelo que os dados da
CGD podem não ser diretamente comparáveis com os de outros bancos.

Desde
final de março está em vigor a lei que permite a suspensão dos pagamentos das
prestações de créditos à habitação e créditos de empresas (capital e/ou juros)
por seis meses, de abril a setembro, estando a ser estudada pelo Governo a
hipótese de essas moratórias serem estendidas.

Também
os principais bancos que operam em Portugal acordaram moratórias para crédito
ao consumo (não abrangido pela lei do Governo) e crédito à habitação, sendo que
podem aceder à moratória clientes com quebras de 20% nos seus rendimentos (que
a lei do Governo não abrange).

A
CGD anunciou hoje lucros de 86,2 milhões de euros no primeiro trimestre deste
ano, menos 31,6% do que os 126,1 milhões de euros de igual período do ano
passado.

Segundo
as contas enviadas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), entre
janeiro e março, o banco público reforçou em 60 milhões de euros as imparidades
de crédito e provisão para garantias bancárias, o que justifica com a “antecipação dos efeitos expectáveis da crise económica”.

Ainda
de acordo com a CGD, o resultado do primeiro trimestre já reflete na segunda
quinzena de março os efeitos da crise desencadeada pela Covid-19 e as medidas
decorrentes da declaração de estado de emergência, com “redução da
transacionalidade e da procura de crédito, quer por empresas, quer por
particulares”.

A
CGD confirmou ainda hoje que vai seguir a recomendação do Banco Central Europeu
(BCE) e que proporá na assembleia-geral que não sejam distribuídos ao Estado
dividendos referentes a 2019, integrando esse montante em reservas.

No
Orçamento do Estado de 2020, o Governo previa que a CGD entregasse 237 milhões
de euros em dividendos referentes a 2019.

O
banco público fechou março com 7.066 trabalhadores na atividade doméstica,
menos 34 do que no final do ano passado, e 551 unidades comerciais (incluindo
agências, espaços Caixa e gabinetes de empresas), mais três do que em final de
2019.

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