//CGD deverá pagar maior fatia da injeção no Novo Banco

CGD deverá pagar maior fatia da injeção no Novo Banco

Afinal, o Estado vai mesmo fazer um empréstimo, indiretamente, ao Fundo de Resolução para uma nova injeção no Novo Banco em 2021. A estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD) deverá liderar o sindicato de quatro bancos que vai emprestar 275 milhões de euros ao Fundo de Resolução bancário. A injeção no Novo Banco deverá atingir o montante de 476 milhões de euros.

O ministro das Finanças, João Leão, confirmou ontem, na apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2021 – e repetiu-o à noite, em entrevista à SIC -, que os bancos vão substituir o Estado e emprestar verbas ao Fundo de Resolução em 2021. Porém, “não é rigoroso dizer que não há participação pública na nova injeção no Novo banco”, diz ao Dinheiro Vivo Filipe Garcia, economista da IMF-Informação de Mercados Financeiros.

O Novo Banco pode ainda pedir cerca de 900 milhões de euros ao Fundo de Resolução ao abrigo do mecanismo de capital contingente que foi acordado aquando da venda à norte-americana Lone Star, em 2017. O acordo tem permitido à instituição pedir injeções de capital para compensar o banco por perdas registadas com a venda de ativos e créditos em incumprimento.

O governo excluiu da proposta de OE para 2021 uma verba de empréstimo ao Fundo de Resolução, com vista a uma nova injeção no Novo Banco. Mas o banco estatal deverá assumir um papel de destaque no empréstimo bancário.

Tanto a Caixa como o Fundo de Resolução escusaram-se a comentar o empréstimo. Também não foi possível obter um comentário junto dos restantes bancos envolvidos neste sindicato bancário.

Fontes do setor confirmam a informação avançada no final de setembro pelo comentador Luís Marques Mendes, de que a CGD vai liderar o consórcio de quatro bancos no empréstimo ao Fundo.