A Caixa Geral de Depósitos e o grupo Banco da China vão apoiar o Governo português na colocação de dívida pública portuguesa denominada em renminbi no mercado interbancário da China continental. As duas instituições assinam está quarta-feira um protocolo no quadro da visita a Portugal do presidente chinês Xi JInping, que hoje se conclui com a assinatura de 17 acordos.
“Os dois bancos vão desenvolver esforços no sentido de apoiar a concretização das futuras emissões de dívida pública portuguesa na China”, explicou o presidente da Caixa, Paulo Macedo, ao Dinheiro Vivo.
Portugal poderá avançar no próximo ano para a emissão das chamadas obrigações panda, tendo já antes mandatado três bancos para apoiarem a operação.
A emissão poderá ter um valor equivalente a 380 milhões de euros e os títulos deverão ter uma maturidade de cinco anos.
REN e State Grid assinam também na manhã desta quarta-feira um entendimento para reforçarem a colaboração na área da investigação e desenvolvimento, e Huawei e Altice firmam a intenção de trabalharem juntas no desenvolvimento da rede 5G em Portugal.
Nos acordos entre governos, está prevista a abertura da China a novas áreas de comércio. Nomeadamente, com a intenção de garantir autorizações sanitárias para a exportação de uvas de mesa.
Haverá também acordos nas áreas da cultura, ciência e educação, e um protocolo entre municípios relativo à cooperação nas redes de abastecimento de água.
O principal acordo entre China e Portugal é, no entanto, um memorando de entendimento para a cooperação bilateral na iniciativa Faixa e Rota, promovida pelo presidente chinês desde 2013. Com este acordo, Portugal espera atrair interesse de empresas chinesas para o Porto de Sines.
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