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A Caixa Geral de Depósitos disse esta sexta-feira que, este ano, já devolveu 1,2 mil milhões de euros da recapitalização de 2017, tanto a privados como ao Estado, e que espera devolver a totalidade do investimento público até 2025.
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O banco público informou que aprovou, esta quinta-feira, o pagamento ao Estado de 352 milhões de euros em dinheiro e da entrega da propriedade do edifício-sede em Lisboa (avaliado em 361 milhões de euros). Em conjunto, a CGD entregou ao Estado 713 milhões de euros em dividendos referentes a 2022.
Além disso, na quarta-feira, reembolsou antecipadamente 500 milhões de euros a investidores privados referente à emissão de dívida que também contou para a recapitalização.
No total, diz a CGD em comunicado que, “com a liquidação desta operação, os dividendos em numerário e a distribuição em espécie, (…) entrega ao Estado e aos investidores privados um total de 1,2 mil milhões de euros em 2023”.
O banco público afirma ainda que, com estas operações, conclui o pagamento aos investidores privados e que ao Estado já pagou 1 675 milhões de euros dos 2 500 milhões de euros investidos pelo Estado – ou seja, dois terços do total – e que espera pagar o restante até 2025.
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“O objetivo do conselho de administração é devolver todo o dinheiro investido pelo Estado português até 2025”, lê-se no comunicado, acrescentando que tal previsão é feita “com base nos dividendos referentes aos exercícios de 2023 e 2024” e “caso não se verifiquem alterações significativas de mercado”.
Nas habituais conferência de imprensa da CGD, o presidente executivo, Paulo Macedo, vem afirmando frequentemente que uma das suas prioridades é devolver o dinheiro investido pelos contribuintes o mais rapidamente possível.
A recapitalização da CGD em 2017 implicou um plano de reestruturação, negociado com a Comissão Europeia, que passou por vendas de participações, fechos de agências e saídas de milhares de trabalhadores por acordo ou reforma.
Sobre o valor do edifício-sede, situado na Av. João XXI, em Lisboa, o comunicado da CGD indica que que a avaliação em 361 milhões de euros resultou da “média de três avaliações independentes”. Para se concretizar a entrega ao Estado será precisa a autorização do Banco Central Europeu (BCE), além dos trâmites legais habituais, explica ainda.
O Governo tem vindo a mudar vários departamentos para o edifício-sede da CGD em Lisboa (no Campo Pequeno), havendo o acordo de que o banco se manterá também no edifício até 2026 estando já a procurar um novo espaço na zona de Lisboa.
A Caixa Geral de Depósitos teve lucros de 843 milhões de euros em 2022, mais 45% do que em 2021.
No primeiro trimestre deste ano registou lucros de 285 milhões de euros, quase o dobro dos 146 milhões de euros dos primeiros três meses de 2022.
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