A Caixa Geral de Depósitos (CGD) recebeu pedidos elegíveis de moratórias no crédito de 47 mil clientes, num montante global de 5,8 mil milhões de euros.

Desse montante, o banco estatal já aprovou a suspensão do pagamento de prestações mensais de 38 mil clientes, valor total de 4,7 mil milhões de euros.

Os dados foram divulgados pelo administrador financeiro da CGD, José Brito, esta quarta-feira, na conferência de apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2020, na sede do banco, em Lisboa.

No caso dos particulares, a CGD contabiliza 34 mil pedidos de moratória elegíveis, no montante de 2,9 mil milhões de euros, estando 26 mil pedidos aprovados, no valor de 2,1 mil milhões de euros. Estes dados remontam à passada segunda-feira.

No total, 54 mil clientes pediram ao banco a suspensão do pagamento de prestações no crédito.

No passado dia 22 de abril, Paulo Macedo, presidente executivo da CGD, afirmou que o banco tinha 30 mil pedidos de moratórias, no montante de 2,4 mil milhões de euros.

José Brito lembrou que a CGD concede moratórias abrangendo o capital em dívida ou capital e juros.

O governo aprovou em abril uma moratória legal no crédito à habitação para ajudar as famílias a lidar com a crise provocada pelo confinamento forçado da população. O estado de emergência, declarado a 18 de março, mergulhou o país numa grave crise económica. Empresas fecharam e o desemprego disparou, bem como o recurso ao lay-off – suspensão temporária dos contratos de trabalho.

Os bancos alargaram as moratórias ao crédito ao consumo, excluindo os plafonds a descoberto e os cartões de crédito.

O administrador financeiro do banco público disse ainda que o apoio da CGD ao setor empresarial é superior a 10 mil milhões de euros, “já muito próximo dos 11 mil milhões de euros”, incluindo as linhas com garantia estatal.

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