A Caixa Geral de Depósitos não vai vender os créditos concedidos entre 2000 e 2015 e que lhe causaram perdas de 1,2 mil milhões de euros. A garantia foi deixada pelo presidente do banco público, Paulo Macedo, numa audição parlamentar.
“Esses créditos ficarão connosco. Não os iremos vender mesmo que nos dessem o seu preço de mercado”, disse o líder do banco público. Paulo Macedo defende que há um valor de mercado para estes créditos. Mas que esses casos problemáticos devem ficar e tentar ser recuperados pela CGD”.
Nos últimos meses tem acelerado a venda de carteiras de malparado por parte de bancos portugueses. Alienam, a desconto, carteiras de crédito em incumprimento a entidades especializadas na recuperação desses valores.
Paulo Macedo realça que “vários destes créditos são comuns a outros bancos” e que a Caixa está a fazer uma “tentativa de articulação”. E garante que os 50 maiores são alvo de uma “análise periódica”. O banco público reavaliou os advogados que colocou nesses casos, fez uma análise se pode executar os avalistas e a avaliar se os devedores têm outros ativos ou outras empresas para que se possa recuperar parte do dinheiro em incumprimento.
O líder da CGD diz que há “centenas e centenas de milhões por recuperar” e acredita que se recuperem “algumas centenas de milhões”.
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