A Caixa Geral de Depósitos (CGD) terá de emitir 2.000 milhões de euros em dívida subordinada até 2022, o que o presidente do banco público considerou “acomodável” apesar dos custos que significará.
Este valor, definido pelas autoridades europeias, foi hoje anunciado na apresentação de resultados do banco público do primeiro semestre e tem que ver com dívida subordinada que os bancos europeus com importância sistémica são obrigados a emitir para fazer face a eventuais resoluções.
“É perfeitamente acomodável” fazer essas emissões, disse esta terça-feira, 30 de julho, Paulo Macedo.
Já em resposta aos jornalistas, Macedo considerou que essas emissões significarão um custo para a CGD.
Também o administrador financeiro, José de Brito, disse que a CGD “facilmente cumprirá” essa exigência, mas considerou que o banco irá estar a “emitir dívida que objetivamente não precisa para a atividade comercial”.
Essa operação, disse, irá pressionar a margem financeira e “irá acrescer ao excesso de liquidez que a CGD já tem”.
O banco público registou um lucro líquido de 282,5 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a um aumento de 46% face ao período homólogo de 2018. “Estes são resultados positivos, são resultados expressivos mas numa conjuntura muito difícil”, disse Paulo Macedo, presidente executivo da CGD na apresentação dos resultados, esta terça-feira.
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