Milhares de pessoas participaram na manifestação da função pública marcada pela CGTP para Lisboa.
Arménio Carlos, secretário-geral da central sindical, lançou um aviso ao Governo no âmbito das alterações às leis laborais.
“É chegada a altura de os deputados do PS decidirem se preferem estar com os trabalhadores ou terem como companhia o PSD, o CDS e o grande capital. Para que Portugal avance no sentido do progresso e justiça social é preciso eliminar as normas gravosas da legislação laboral”, disse.
Ao longo do discurso foram poupados os outros dois parceiros da “geringonça”. O PCP e o Bloco de Esquerda fizeram questão de comparecer na Avenida da Liberdade para saudar os manifestantes.
Jerónimo de Sousa reafirma estar com a luta dos trabalhadores e lembra que “tudo o que tem marca de avanço, de reposição, de conquista de direitos tem, de facto, marca do PCP que procurou com a sua intervenção e as suas propostas melhorar as condições de vida dos trabalhadores e do povo português”.
O líder comunista acrescenta que o PCP não foi mais longe porque “muitas destas conquistas nem sequer estavam no programa do PS”.
No mesmo sentido foram as declarações do deputado José Soeiro, do Bloco de Esquerda, que considerou serem justas as preocupações dos trabalhadores.
“São reivindicações justas e muito importantes. Um governo que não ouça as reivindicações dos trabalhadores, o Governo que não ouça que é necessário alterar o Código de Trabalho – não no sentido do que foi acordado com os patrões, mas no sentido do que está aqui a ser defendido pelos trabalhadores e do que a esquerda tem defendido no Parlamento – certamente é um Governo que fica sem responder a estas exigências”, refere.
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