O principal assessor económico do Governo chinês, e vice-primeiro-ministro da China, Liu He, recebeu outra posição influente dentro do renovado comité nacional de desenvolvimento tecnológico. Esta posição é um voto de confiança da liderança chinesa, apesar da guerra comercial com os Estados Unidos.
O comité, anteriormente designado Grupo Nacional de Liderança em Tecnologia e Educação, foi renomeado sem o termo educação, para refletir uma maior aposta na tecnologia, segundo um comunicado do Executivo chinês.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que dirige o grupo desde 2013, continuará a encabeçar o organismo, mas agora com o vice-primeiro ministro Liu He como número dois.
Liu, o principal assessor económico do Presidente chinês, Xi Jinping, está também encarregue do poderoso Comité de Estabilidade Financeira e Desenvolvimento, dirige as negociações comerciais com os EUA e orienta o processo de reforma das empresas estatais.
“A mudança no nome do comité revela que Pequim dá cada vez mais importância à ciência e tecnologia, sobretudo tendo em conta as atuais disputas comerciais com os EUA, e as restrições norte-americanas ao desenvolvimento da alta tecnologia na China”, afirmou o economista Hu Xingdou, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
As autoridades chinesas estão a encetar um plano designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em setores como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.
Washington critica os planos chineses, acusando Pequim de “táticas predatórias”, visando desenvolver o seu setor tecnológico, nomeadamente forçar a transferência de tecnologia por empresas estrangeiras, em troca de acesso ao mercado.
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