//China pede aos EUA que não usem segurança nacional para travar investimentos

China pede aos EUA que não usem segurança nacional para travar investimentos

A China apelou esta terça-feira a Washington que trate os seus investimentos de forma “objetiva e justa”, e que não utilize a “segurança nacional como um obstáculo” à cooperação e investimento entre empresas de ambos os países.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma alteração da Lei de Segurança Nacional, visando reforçar o poder regulatório da Comissão para o Investimento Externo, organismo do Governo norte-americano responsável por rever aquisições por entidades estrangeiras suscetíveis de ameaçar a segurança nacional.

Em comunicado, o ministério chinês do Comércio afirma que “a China levará a cabo uma avaliação exaustiva do conteúdo da proposta de lei e seguirá de perto o impacto que possa ter nas empresas chinesas”.

A mesma nota considera que a globalização está a desenvolver-se em profundidade e que os investimentos transfronteiriços estão no auge.

“As empresas da China e EUA têm uma forte vontade e grande potencial para aprofundar a sua cooperação no investimento. Os governos dos dois países devem responder às suas petições e oferecer um bom ambiente e expectativas estáveis”, aponta.

Trump deu luz verde à reforma da lei de segurança nacional durante um ato em que aprovou um orçamento recorde para a Defesa, de 716.000 milhões de dólares, para o ano fiscal de 2019.

Nos últimos meses, a Comissão para o Investimento Externo dos EUA travou vários negócios que envolviam empresas chinesas, incluindo uma oferta de uma subsidiária do grupo chinês Alibaba pela empresa de transferências monetárias MoneyGram, ou a compra de um fabricante de semicondutores do estado de Oregon (noroeste dos EUA) por uma empresa financiada pelo Governo chinês.

Ambos os negócios foram travados por motivos de segurança nacional.

O crescente escrutínio sobre o investimento chinês nos EUA poderá também servir de entrave à OPA (Oferta Pública de Aquisição) da China Three Gorges (CTG) à EDP.

A elétrica portuguesa entrou nos EUA, em 2007, com a compra da Horizon Wind Energy ao banco de investimento norte-americano Goldman Sachs. No final do ano passado, tinha cerca de 20% da sua capacidade instalada no país.

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