Foi apresentado esta terça-feira em Almada aquele que é considerado o maior projeto de requalificação urbana do país desde a Expo 98.
Nos antigos terrenos da Lisnave vai nascer a Cidade da Água, para onde está prevista a construção de casas, comércio, serviços, espaços culturais, uma marina, um terminal fluvial, um novo hotel, um museu e um centro de congressos.
A área prevista de construção que consta no Plano de Urbanização de Almada Nascente é de 630.246 metros quadrados.
A apresentação ficou a cargo do Grupo Baía do Tejo, participada com mandato para gestão e promoção imobiliária de ativos da Parpública, a quem pertence o terreno.
Segundo Sérgio Saraiva, administrador da Baía do Tejo, o promotor imobiliário que ficar com o projeto terá de suportar “uma série de obrigações”, nomeadamente todos os custos das infraestruturas que serão construídas, incluindo a construção da marina e do terminal fluvial.
“Estamos a falar da construção da marina, do terminal fluvial, da ligação ao Metro Sul do Tejo, estradas, no fundo das infraestruturas necessárias ao desenvolvimento do maior projeto imobiliário em Portugal desde a Expo98”, afirmou Sérgio Saraiva, citado pela Lusa.
Tal como o Dinheiro Vivo tinha noticiado em abril, a Baía do Tejo deverá assumir os custos de desmantelamento das estruturas que ainda restam no local, bem como as responsabilidades ambientais.
Na apresentação desta terça-feira estiveram presentes cerca de uma centena de pessoas, incluindo grupos económicos portugueses e estrangeiros. A sessão tinha como objetivo atrair potenciais interessados a desenvolver o projeto.
Há um ano, a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, referiu que havia “muitas manifestações de interesse” no projeto, revelando que estava a preparar uma visita à Coreia do Sul, de onde eram originários alguns dos investidores interessados.
Os números do investimento deverão oscilar entre 1,5 e dois mil milhões de euros.
Com Ana Margarida Pinheiro e Lusa
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