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O primeiro dia de cinco meses de greves na Ryanair em Espanha levou esta segunda-feira ao cancelamento de 10 voos com origem ou destino no país, assim como a atrasos em 233 ligações, segundo os sindicatos que convocaram o protesto.
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A greve é dos tripulantes de cabine, que esta segunda-feira iniciaram o terceiro período deste ano de paralisações na Ryanair em Espanha e que se vai prolongar até 7 de janeiro de 2023, todas as semanas, entre segunda e quinta-feira.
Nos períodos anteriores, em junho e julho, as greves seguiram o mesmo modelo e levaram ao cancelamento de 319 voos com origem ou destino em aeroportos espanhóis e a atrasos em 3 700 ligações.
O aeroporto mais afetado esta segunda-feira com a greve foi o de Barcelona, o que já aconteceu nas paralisações de junho e julho, segundo dos dados dos sindicatos. Nenhum dos voos cancelados tinha como origem ou destino Portugal.
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As greves visam “obrigar a Ryanair a cumprir a lei espanhola”, dizem os sindicatos, segundo os quais estão em causa direitos laborais associados a atualizações salariais, férias, folgas e períodos de descanso.
O incumprimento da Ryanair das leis laborais espanholas nas bases que tem no país já foi atestado por diversas vezes pelos tribunais, sublinham os sindicatos, que pedem também a intervenção do Governo.
Os sindicatos reiteraram hoje, no arranque de mais um período de greves dada a falta de respostas da empresa, que em junho e julho a Ryanair despediu 11 tripulantes de cabine “por exercerem o seu direito à greve”, algo que a companhia aérea nega.
Entre as reivindicações para o protesto convocado até janeiro está a reincorporação na empresa destes 11 trabalhadores e o fim dos mais de cem processos disciplinares que os sindicatos asseguram que a Ryanair instaurou a trabalhadores por aderirem à greve.
Os representantes dos trabalhadores condenaram também, mais uma vez, o Ministério do Trabalho espanhol por não ter respondido a pedidos de reunião dos sindicatos e aos apelos para ser mediador no conflito.
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