Partilhareste artigo
O surgimento de uma segunda vaga da pandemia e as novas medidas de confinamento já começaram a fazer-se sentir. Os consumidores portugueses voltaram a ficar mais pessimistas em novembro, depois de cinco meses em que as expectativas estabilizaram, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, interrompendo o perfil de relativa estabilização observado nos cinco meses anteriores, após a recuperação parcial verificada em maio e junho”, refere o INE no destaque publicado nesta sexta-feira.
De acordo com a informação recolhida no último mês, as famílias estão mais pessimistas em relação à evolução da economia, da situação financeira do agregado e de gastos em compras importantes.
“A evolução do último mês resultou do contributo negativo das componentes relativas a expectativas para os próximos 12 meses, designadamente as perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes, tendo as opiniões relativas à evolução passada da situação financeira do agregado familiar contribuído positivamente”, indica o INE.
Subscrever newsletter
Empresas mais pessimistas
Também as empresas mostram sinais de pessimismo com os próximos meses, sobretudo no setor da construção e obras públicas.
“O indicador de clima económico diminuiu em novembro, interrompendo o perfil de recuperação observado nos seis meses anteriores, após ter atingido em abril o valor mínimo da série”, indica o INE.
“Em novembro, os indicadores de confiança diminuíram em todos os setores, construção e obras públicas, comércio, serviços e indústria transformadora, verificando-se a redução com maior magnitude no primeiro caso”, detalha o gabinete de estatística.
No caso da construção e obras públicas, o INE refere que o indicador “diminuiu acentuadamente em novembro, interrompendo o perfil de recuperação observado entre maio e outubro, depois de registar em abril a diminuição mais acentuada da série”, a puxar para baixo está a perspetiva mais negativa sobre as carteiras de encomendas e perspetivas de emprego.
Deixe um comentário