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CIP admite ajustamentos no acordo de rendimentos

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O vice-presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Pedro Duarte, admite a possibilidade de ajustamentos no acordo de rendimentos a médio prazo assinado entre o Governo e os parceiros sociais.

Dois dias depois da apresentação de um Pacto Social que propõe aumentos salariais com impacto na Taxa Social Única (TSU), o social-democrata garante, no programa “Casa Comum” da Renascença, que o acordo de rendimentos é para cumprir, mas pode sofrer ajustamentos.

“O ciclo inflacionário é imprevisível. As dificuldades de competitividade da economia portuguesa são significativas, até pelo conhecimento da realidade económica dos nossos países vizinhos”, começa por enquadrar Pedro Duarte.

“A bem da preservação do essencial do acordo, é possível que possam existir entendimentos e ajustamentos a esse nível. Mas é bem claro para a CIP que há um acordo que foi assinado. Apesar de ter sido no mandato anterior, esta direção da CIP assumiu desde logo que um acordo assinado tem que ser honrado”, afirma Pedro Duarte na Renascença.

O também presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD comentava as reservas do dirigente do PS Porfírio Silva, expressas no programa “Casa Comum” desta quarta-feira.

“Há [nas propostas da CIP] o risco de desvalorizar ou relativizar um enquadramento para o conjunto da legislatura, com objetivos importantes e claros”, alerta o deputado socialista.

A CIP propôs na semana passada ao Governo o designado “Pacto Social” com 30 medidas, entre as quais o pagamento voluntário pelas empresas do 15.º mês aos trabalhadores isento de contribuições e impostos.

A confederação patronal propôs ainda, em 2024 e 2025, um incremento salarial de 14,75% nos salários com redução temporária da Taxa Social Única (TSU). Desse valor, o aumento salarial seria de 4,75% e os restantes 10% iriam para um plano individual de reforma.

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