//CMVM: “Não houve um abandono de processos” na OPA à EDP

CMVM: “Não houve um abandono de processos” na OPA à EDP

A China Three Gorges fez o anúncio preliminar das Ofertas Públicas de Aquisição em maio do ano passado. E desde então o negócio aparenta ter avançado pouco. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários descarta que tenha responsabilidade nesse atraso. E aponta para as autorizações a que a empresa chinesa sujeitou o lançamento da oferta sobre a elétrica e a renovável.

João Gião, membro do conselho de administração da CMVM, referiu, num encontro com jornalistas, que não existe propriamente um prazo entre o anúncio preliminar e o pedido de registo da oferta. Adverte, no entanto, que tem de existir “proporcionalidade” nesse tempo. O responsável do supervisor do mercado de capitais considera que “seria um problema constatar que existia um abando de processos. E não é o caso”.

Em setembro e novembro do ano passado surgiram notícias a indicar que Pequim poderia deixar cair a oferta. A Bloomberg indicava que dados os obstáculos que a operação tinha de ultrapassar, o interesse chinês no negócio estaria a abrandar. No entanto, em algumas jurisdições já houve autorizações por um regulador, caso da concorrência brasileira que deu luz verde em setembro do ano passado, segundo o Negócios.

A resposta da CMVM indicia que os processos para obter as condições necessárias para se solicitar o registo da oferta prosseguem. João Gião explica que depois de terem sido preliminarmente anunciadas ao mercado “o passo seguinte passa por solicitar o registo da oferta junto da CMVM”. Só a partir daí “o prazo começa a contar”.

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