//Combustíveis vão descer? Parece que afinal não

Combustíveis vão descer? Parece que afinal não

Para esta segunda-feira estava prevista uma descida do preço dos combustíveis, contudo, os consumidores não deverão sentir o efeito na carteira, já que o Governo decidiu reduzir, este mês, os descontos do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).

O líder do PSD, Luís Montenegro, criticou o aumento do ISP por considerar que é uma “medida injusta” com um “duplo efeito fiscal” e acusa o PS de estar a penalizar as famílias e as empresas.

Uma medida injusta, que atinge todos por igual e que atinge não só o cidadão comum como a própria dinâmica empresarial da economia. Os sucessivos aumentos do imposto sobre os produtos petrolíferos têm um duplo efeito fiscal: é esse imposto que sobe e o IVA que sobe sobre o preço que inclui esse imposto”, disse no domingo à saída da Basílica da Estrela, após uma missa pelo 42.º aniversário da morte de Francisco Sá Carneiro.

“Tivemos ocasião [PSD], muitas vezes, de instar o Governo, a tomar medidas no sentido de diminuir o ISP, infelizmente, o caminho do Governo tem sido este” e de “propor a diminuição do IVA dos combustíveis como da energia”, acrescentou o líder do PSD.

Com a redução dos descontos sobre o ISP, o preço do gasóleo deve manter-se esta semana e o da gasolina pode subir até um cêntimo e meio por litro.

Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse que é “incompreensível” e “imperdoável” a decisão do Governo de “subir” o ISP, uma medida que, sublinha, “anula a descida do preço dos combustíveis” prevista para esta semana.

Por sua vez, em declarações à RTP, o secretario de Estado da Energia, João Galamba acusou Catarina Martins de desconhecer o que já estava previsto.

“O que é incompreensível e imperdoável é o Bloco de Esquerda sistematicamente não prestar atenção às medidas que vão sendo implementadas e desenhadas. Há meses que é sabido que o Governo ajustará o ISP sempre que os combustíveis subirem ou descerem. Esta medida tem sido implementadas nos últimos meses, portanto, o único comentário que me apraz às declarações de Catarina depois é que o que se exige a um líder partidário é que esteja atento às medidas de política publica implementadas e esta tem vários meses”.

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