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Combustíveis voltam a subir de preço, gasóleo supera gasolina

Os preços dos combustíveis voltaram a subir esta segunda-feira, com o gasóleo a subir cerca de 10 cêntimos por litro, como tinha sido avançado na sexta-feira.

Já a gasolina sofreu um aumento de preço mais ligeiro, de cerca de 5 cêntimos por litro.

No domingo, de acordo com informações da Direção-Geral de Energia e Geologia, o preço médio da gasolina simples 95 era de 1,777 euros/litro.

Com as subidas registadas esta segunda-feira, o gasóleo simples mantém-se mais caro que a gasolina sem chumbo 95.

A subida de preços dos combustíveis surge a par da subida do preço do petróleo em quase 1%, face a potenciais cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) e também a conflitos na Líbia que ajudaram a compensar um dólar americano forte e uma previsão negativa de crescimento económico para os EUA.

Na semana passada, a Arábia Saudita, líder de facto da OPEP, levantou a possibilidade de cortes na produção, que, segundo fontes, poderiam coincidir com um aumento da oferta do Irão caso este conseguisse um acordo nuclear com o Ocidente.

O Brent aumentou 0,6% para 101,64 dólares por barril até esta segunda de manhã, aumentando o ganho de 4,4% registada na semana passada. Já o crude U.S. West Texas Intermediate (WTI) subiu 1,3% em $94,28, depois de ter subido 2,5% há uma semana.

“Os preços do petróleo estão a subir antecipando um corte de produção da OPEP e dos seus aliados para restaurar o equilíbrio do mercado em resposta ao renascimento do acordo nuclear do Irão”, disse Sugandha Sachdeva, vice-presidente de commodity research na Religare Broking.

Os membros da OPEP+, que inclui a OPEP, a Rússia e os produtores aliados, vão reunir-se a 5 de setembro para definir a sua política para os próximos tempos.

O preço do crude subiu este ano, com o Brent a aproximar-se de um valor recorde de 147 dólares em março, e a guerra na Ucrânia a exacerbar os receios quanto ao abastecimento. As crescentes preocupações sobre as elevadas taxas de juro, inflação e riscos de recessão continuam a pesar no mercado.

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